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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Tiranossauro Rex, O Monstruoso Predador do Mesozóico

O "lagarto" rei tirano, um predador colossal
Imagem: pixabay

Por Rubens Bacelar

O Tiranossauro Rex (rei dos répteis tiranos) foi uma gigantesca e extraordinária criatura que chegava a medir mais de 14 metros de comprimento, pesar cerca de 8 toneladas e atingir uma altura entre 5 a 8 metros, este monstruoso predador viveu no Período Cretáceo da Era Mesozóica,  há mais de 66 milhões de anos.

O que os paleontólogos falam sobre este terrível monstro é de gelar a espinha e nos tirar o fôlego, despertando um misto de medo, admiração, e ao mesmo tempo aguçando nossa curiosidade, imensamente. 

Poderia Engolir uma Pessoa Facilmente

Um monstro terrível que "reinava" em sua época
Crédito da Foto: currybet / Foter / Creative Commons Atribuição-Compartilhamento pela mesma licença 2.0 Genérica (CC BY-SA 2.0)

Ele era terrível, feroz e sem predador, “reinava” absoluto e além de ter uma mordida considerada a mais forte de todos os animais, tinha, também, a famosa “mordida séptica”, que infectava com bactérias de sua boca, quem fosse mordido por ele

Essa enorme boca repleta de dentes cortantes e curvados para dentro, que impedia que a presa escapasse e fugisse, pois quanto mais ela tentasse sair da boca do bicho, mais se furava e se rasgava, nas pontiagudas extremidades dos enormes dentes, como anzóis e para evitar isso, só indo na direção da garganta, para ser engolida,  o que presa nenhuma queria. 

A silhueta de um Tiranossauro Rex, vagando ao amanhecer, era assustadora
Crédito da Foto: Tau Zero / Foter / Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Compartilhamento pela Mesma Licença 2.0 Genérica (CC BY-NC-SA 2.0)

A bocarra desse monstro era capaz de engolir uma pessoa adulta, completa com facilidade, só de pensar  já é assustador. Deveria ser apavorante cruzar o caminho de um Tiranossauro, pois poderia ser a última coisa que se veria  antes de descer goela abaixo.
Um Bicho Veloz
Para completar o poder desse gigante, um estudo recente confirmou que ele era um animal veloz, tinha uma boa visão e ótimo olfato, era capaz de farejar presas a grandes distâncias. Essas qualidades  o tornavam um bicho sempre alerta, ágil  e muito perigoso..

Um "Cardápio" Agressivo e Bem Armado

A comida favorita do Tiranossauro, um  feroz Triceratops
Crédito da Foto: Foter / Creative Commons Atribuição-Compartilhamento pela Mesma Licança 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0)

Entre suas presas favoritas estava o grande  Triceratops, um dinossauro herbívoro (alimenta-se de plantas)  com mais de 9 metros de comprimento e 3 metros de altura, também muito feroz. Dotado de dois grandes  e pontudos chifres (acima  dos olhos) e um outro menor no nariz, era muito forte e reagia, violentamente, aos ataques do Tiranossauro, podendo inclusive feri-lo, até mortalmente.

Porém, não era páreo para o faminto e cruel carnívoro que, segundo pesquisadores americanos,  arrancava a cabeça do Triceratops com mordidas vorazes e puxões violentos e provavelmente começava a devorá-lo, preferencialmente, pelo pescoço.

O Tiranossauro, também, poderia ser um canibal, devorando os de sua própria espécie. Tal era sua ferocidade que travava lutas  mortais com seus rivais quando disputavam suas fêmeas. Por outro lado, esse “lagartão” é um animal enigmático e polêmico que divide até os estudiosos sobre sua verdadeira natureza, se era, de fato, um caçador ou um carniceiro.

Caçador ou Carniceiro?

Pela sua aparência monstruosa uns acreditam ter sido um caçador e portanto, um predador feroz, rápido e implacável, por estar bem "armado", com mandíbulas tão poderosas, equipadas com mais de 50 dentes pontiagudos e serrilhados, alguns com mais 20 centímetros  de comprimento, verdadeiros cortadores de carne, que os cientistas chamam de “dente-banana”, pelo seu formato.

Já outros especialistas creem que ele era um animal carniceiro,  por ser grandalhão, pesado e provavelmente lento. Ele pode ter sido as duas coisas, caçador e carniceiro, ao mesmo tempo (assim como os atuais leões e tubarões que caçam animais vivos e os perseguem a grandes velocidades, além de comerem  carniça) sendo, portanto, um oportunista. Felizmente, hoje, podemos observá-lo através de seus restos fossilizados  na segurança dos museus espalhados pelo mundo.

Dominaram por Mais de 160 Milhões de Anos

Seus imponentes esqueletos fósseis são exibidos com sucesso nos museus, 
causando grande impacto e despertando profunda admiração nos visitantes
Crédito da Foto: D.H. Parks / Foter / Creative Commons Atribuição-Não Comercial 2.0 Genérica (CC BY-NC 2.0)

O tempo que nos separa dessa fera carnívora é tão longo que nem tomamos consciência (mais de 65 milhões de anos)  um tempo tão distante que não dá para  medirmos e compreendermos com clareza, tamanha  a escala de tempo.

Tudo era muito diferente na Era Mesozóica, desde o clima, as plantas, os animais, havia muitos vulcões ativos e os espaços na Terra eram muito grandes porque, naquela época, os continentes estavam unidos, formando um único  e imenso continente denominado Pangéia.

Nesse cenário muito especial e agigantado, os dinossauros eram a espécie dominante e conseguiram se manter como tais, por mais de 160 milhões de anos, quando foram  extintos e os especialistas tem  teorias que tentam explicar como isso aconteceu.

Um Longo Domínio que Chega ao Fim

Gigantesco vulcão da Era Mesozóica em erupção 
répteis marinhos plesiossauros, nadando
Imagem: wpclipart

Alguns paleontólogos acham que os dinossauros foram extintos por causa das grandes e numerosas erupções vulcânicas ocorridas  em sua época que teria causado alterações climáticas na Terra, afetando essas enormes criaturas.

Outros acreditam que foram exterminados  devido a queda de um asteroide que produziu uma imensa nuvem de poeira, gases e ácidos, envenenando o ar e envolvendo a região em escuridão e frio que destruiu o ecossistema, vital para eles.

Qual Seria a Verdadeira Aparência Desse Monstro?

Enorme cabeça fossilizada de Tiranossauro Rex, 
atingia mais de 1 metro e meio de comprimento
Por Copyright © 2005 David Monniaux (Trabalho próprio) [GFDL or CC-BY-SA-3.0], via Wikimedia Commons

Este gigante realmente impressiona e mesmo quando observamos, apenas, seus fósseis, podemos perceber o terror que ele causava nas suas presas, também gigantes, que viviam nas florestas do longínquo Período Cretáceo.

O Esqueleto não  Revela Muito da Criatura Viva 

Se nunca tivéssemos visto um galo será que se 
reconstituiria com fidelidade sua verdadeira imagem?
Imagens pixabay: Silhueta galo esqueleto

Ilustrar, artisticamente, um dinossauro, um espécime que viveu há milhões de anos, já está extinto, nunca  foi visto em vida, por um ser humano e fazer isso  a partir de seu esqueleto fossilizado, não é tarefa fácil para um paleoartista, um desenhista e pintor com exímios conhecimentos em paleontologia, anatomia e biologia. Esse profissional retrata também plantas e o ambiente pré-histórico no qual o ser retratado viveu.

Para fazer a ilustração da imagem de um animal que nunca foi visto  é preciso muito estudo, conhecimentos anatômicos, dedicação, pesquisa, comparações com animais vivos, enfim, até porque o esqueleto de um animal não indica muita coisa sobre sua verdadeira aparência, quando vivo.

O exemplo acima desse  parente do Tiranossauro, o galo, apresenta um esqueleto  que não diz muita coisa sobre sua aparência física, viva, toda a parte preta seria o belo animal com uma crista vermelha muito bonita e uma plumagem branca brilhante. Se alguém nunca tivesse visto um galo, não seria possível criar sua imagem com perfeição.

Em seu livro “Todos os Passados: vistas únicas e especulativas de dinossauros e outros animais pré-históricos” o escritor e paleontólogo inglês Darren Naish, com ilustrações dos paleoartistas John Conway e CM Kosemen, mostra alguns dinossauros, de forma diferente e bem humorada, até quebrando aquela rigidez que estávamos acostumados a ver na retratação daqueles incríveis  seres já extintos.

O próprio Tiranossauro que sempre vemos bastante ameaçador e destrutivo, está ilustrado como um bichinho simpático, aparentemente  inofensivo e tirando um “cochilo”, tranquilamente,  numa posição muito familiar, parecida com nossos animaizinhos de estimação, uma nova maneira criativa e inteligente de mostrar o outro, provável, lado daqueles bichos que bem poderiam ser bonitos, garbosos, coloridos,  não tão assustadores e sombrios, vivendo num cenário de uma beleza primitiva sem par.


Até mais...




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